Quando a alma anoitece
A noite cai
qual manto negro
no rio que me corre
dentro do peito.
Sinto melodias presas
em grades cinzeladas
no coração.
E já nada flui.
Apagaram-se as lanternas
que faziam brilhar-me os olhos.
O desenho dos meus lábios
abertos num sorriso
perdeu os contornos,
é hoje algo indistinto.
O calor dos meus braços
já não abraça ninguém.
Os afetos ficaram aprisionados
no manto negro
do rio que me corre
dentro do peito.
Publicada por Célia Gil, narciso silvestre
Alma. :)
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