MEU BEM QUERER
Fátima Irene Pinto
Não desperta amor que deixa insone
nem paixão que deixa insana
nem ciúme que enlouquece.
Meu bem querer às vezes some
e a vida segue em frente
ao sabor da paz que ele deixou
pois o que vem dele não fenece.
E quando, sem avisar, reaparece
é como se nunca tivesse partido
porque um tanto de si e de sua presença
permanecem indeléveis comigo.
Jamais nos dissemos um adeus
nem mesmo um até breve nos dissemos
jamais falamos do amanhã ou sobre o correr dos anos
nunca pensamos no futuro ou fizemos qualquer plano.
É assim meu bem querer: calmo, sem coração aos pulos,
sem expectativas, sem apegos,
ciúmes, desatinos ou pulsões,
não é amor de amigo nem amor de irmão
Nossas vidas têm apenas um halo
e um elo de branda e doce comunicação
para a qual talvez nem haja definição.
Mas na leveza e na liberdade desse sentir
meu bem querer, mesmo sem saber,
tem a senha e acesso livre
às avenidas do meu coração.
Não é fácil suportar as raízes fincadas na terra escura,
quando toda a alma quer cantar o louvor da frondosa copa ... e no entanto, somos as duas coisas.
A árvore não seria plena e majestosa sem a sustentação das raízes mergulhadas na escuridão.
E estas mergulham tão mais profundamente, quanto mais ampla e generosa é a árvore. (a Autora)
quando toda a alma quer cantar o louvor da frondosa copa ... e no entanto, somos as duas coisas.
A árvore não seria plena e majestosa sem a sustentação das raízes mergulhadas na escuridão.
E estas mergulham tão mais profundamente, quanto mais ampla e generosa é a árvore. (a Autora)
Como ela mesma diz num poema:
"Por certo não morrerei amanhã. Ainda não é hora.
Na tela da minha vida faltam pontos a bordar.
No livro da minha história existem páginas em branco por completar.
Mas se eu morrer amanhã, morrerei abençoando a Vida e
cada instante deste precioso Ano Escolar." (Fátima Irene Pinto)
"Por certo não morrerei amanhã. Ainda não é hora.
Na tela da minha vida faltam pontos a bordar.
No livro da minha história existem páginas em branco por completar.
Mas se eu morrer amanhã, morrerei abençoando a Vida e
cada instante deste precioso Ano Escolar." (Fátima Irene Pinto)
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