quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poema Repartido - byJosé maldonado




É com estas minhas mãos
Mãos de caminho e de vontade
Que abraço teu abraço
No sorriso que me enleva.

Tempestade de meu naufrágio
Que solta amarras
E parte ao poente
Na certeza de te querer

Já não doem as noites frias
Nas conversas inacabadas
Dos segredos da lareira
A ver definhar as brasas
Numa agonia sinfónica

Agora visto-te mulher
Numa primavera de roseirais
E desnudo-te
Numa cantata de afectos
Para uma viagem fantástica
Do nosso querer
Onde os nossos olhos enamorados
Brilham
No sorriso dos desmaios

És a mulher que eu quero
A que tinha inventado
E não sabia onde era
O País do teu segredo
O silêncio do teu arrulho
Nas verdades escondidas
De um infinitamente pequeno
…. Beijo

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E se uma lágrima teimosa
Rolar na tua face
Uma minha
Dar-lhe-á a mão
E as duas rolarão
Até chegarem
A boca sedenta
Dos beijos que desesperam

Ah! Amor
Como doem os passos
Nos momentos que não sabemos
Que queremos caminhar
Mas é o caminho que nos move
Na suave vereda de um sonho
Que nos faz avançar…

Vamos partir…
Rumo a vontade do nosso sentir
E que falem os afectos
No silêncio das palavras
Porque delas só precisamos
Para acariciar os sentidos

Decididos…
Vamos partir… Amor
Porque ali…
Está a nossa estrada
Onde as nossas pegadas
Testemunharão
A ousadia da nossa cumplicidade
                      3.

Fervilha a noite inquieta
Na quietude do sonho
Vestida de esperança
Levo a minha ausência
A sentir os teus sentidos
Teu jeito de Mulher
De oferta e recusa…
Docemente ….
Cada poro da tua pele
Afaga-me os lábios
Na sede de te querer
És a fonte do sorriso
Que me queima o desejo
Onde arde meu fulgor
Onde morrem as prendas
Do nosso Amor!
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Vagueio pensamentos
De viagens bucólicas
Em sombras escondidas…
Guardo as palavras
Em caixinhas de marfim
Para tas dar um dia
Quando estiveres
Bem juntinha a mim
A desfazer os laçarote
Da prenda da nossa paixão
Para dar chama á vida
Para dar força á razão
         
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Mulher de sonho
Mulher de vida
Mulher de amor
Como gosto do teu abraço
E do amplexo das tuas coxas
Quando me cingem a cintura
O sabor dos teus lábios
O gosto do teu sexo
O perfume da tua pele

Mulher amiga
Companheira
Amor mais que amante
Parceira caminhante
No caminho desta vida

Lembra-te Amor…
“Não há caminho…
O caminho faz-se caminhando”

E é neste encanto
Neste enlevo
Que te levo
Que me levas…
Mulher de Amor
Onde repousa minha virilidade
No vale do nosso desejo
A prenda dos teus encantos

Amo-te…
E já sonho o meu beijo suave
Na floresta da tua púbis
A sorver teu néctar
Num repasto de felicidade

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