quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

"Contratempos do amor"...Marques Bueno


"Contratempos do amor"



A lágrima acompanha a chuva que teima
 em cair em descompasso,
 ela é gélida e fria quando atinge a alma, 
ela é ávida quando expõe sua tristeza e 
feroz quando perde sua riqueza.
O sorriso é semelhante ao teu pedido agonizante,
 um veneno saboroso que paralisa as razões, 
um caminho tortuoso por onde se busca a saída,
 mas se perde no resgate da nobreza.
A cantiga lembra o ontem, os anseios ao horizonte,
 os percalços da rotina e a lacuna de um só nome,
 a ida sem resposta e a espera de uma fala, 
e os olhares da estranheza;
O receio da trovoada não remete ao que se esconde,
 não é culpa da mesmice; o alarde sem pretextos 
é a sinceridade que consome, só assim notei a ausência,
 esqueci foi da destreza.

 
Marques Bueno
http://sitedepoesias.com/poesias/58627

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