"Contratempos do amor"
A lágrima acompanha a chuva que teima
em cair em descompasso,
ela é gélida e fria quando atinge a alma,
ela é ávida quando expõe sua tristeza e
feroz quando perde sua riqueza.
A cantiga lembra o ontem, os anseios ao horizonte,
os percalços da rotina e a lacuna de um só nome,
a ida sem resposta e a espera de uma fala,
e os olhares da estranheza;
O receio da trovoada não remete ao que se esconde,
não é culpa da mesmice; o alarde sem pretextos
é a sinceridade que consome, só assim notei a ausência,
esqueci foi da destreza.
Marques Bueno http://sitedepoesias.com/poesias/58627
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