quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amar é embarcar em uma viagem...Roberto Shinyashiki

Amar é embarcar em uma viagem... 

 A única certeza que temos é a de que o amor
 é uma condição inerente ao ser humano.
 Assim como a flor emana seu perfume,
 o homem naturalmente exala o amor.

Amar é uma viagem a ser feita com alguém,
 na qual, ao mesmo tempo em que desfrutamos
 essa entrega, desvendamos os mistérios
 que ela nos apresenta a cada momento.
O amor é uma força que nos leva a enfrentar
 todos os nossos medos, criados desde
 as primeiras experiências dolorosas de aproximação. Nos torna corajosos e ousados, prontos a desafiar
 o tédio e o comodismo, a enfrentar o cotidiano,
 sem deixá-lo se transformar em rotina.
Ele faz nos sentirmos aprendizes, concedendo-nos
 a suprema compreensão de que, quando somos
 movidos pelo impulso do amor, realizamos algo.
 No amor, não estamos nos submetendo ao outro,
mas sim obedecendo às ordens do sábio
 que existe dentro de nossos corações.

O amor nos dá coragem para enfrentar todas
 as mensagens negativas ouvidas na infância,
do tipo “homem não presta”
e “mulher só dá trabalho”,
que poluem nossos pensamentos.
 É um sentimento que nos proporciona a sensação
 de gratidão para com a existência; um sentimento
 de ser abençoado pela dádiva divina.
Em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Por isso, não podemos exigir
 a perfeição do ser amado,
pois, como dizia o filósofo grego Aristóteles:
 “O amor é o sentimento dos seres imperfeitos,
 posto que a função do amor
 é levar o ser humano à perfeição”.

O amor é muito mais que o encontro de dois corpos,
 muito mais que a união entre duas pessoas.
 É a própria consciência da existência:
 a crença nas forças divinas, que cuidam de todo
 o universo e que nos levam um ao outro,
 com a mesma fluidez com que aproximam
 uma nuvem de uma montanha,
que nos proporcionam uma força sobre-humana,
 que dão energia ao vento, ao mar
 e à chuva e que nos tornam grandes
 como pinheiros gigantescos.

No amor, seguimos um caminho realizando
 uma história, cujo final, apesar de todo
 o nosso conhecimento,
 só vamos saber quando a completarmos.

A única certeza que temos é a de que o amor
 é uma condição inerente ao ser humano.
 Assim como a flor emana seu perfume,
 o homem naturalmente exala o amor.
Isso é tão inevitável quanto é impossível

 proibir a terra molhada de desprender seu cheiro.


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