quinta-feira, 14 de julho de 2011

O meu olhar descansa


O meu olhar descansa 

Das muralhas do meu castelo vejo a imensidão do horizonte
Como é grande o meu caminho que na minha mente faço sozinho
O silêncio que não oiço e que não procuro me envolve
E no ar consigo procurar o cheiro da chuva que paira longe

Viajo no meu sonho que aparentemente é sempre escuro
As luzes que o completam estão ao longe no horizonte
Consigo ver para lá delas, não nos meus mortais olhos
Mas no branco sonho do meu coração

Onde um sorriso vale uma vida e uma lágrima um mundo
Onde a paixão é vermelha e o amor é azul
Onde o sol ilumina o verde do chão pisado
Onde a chuva acaba num arco-íris

Cruzaram se os caminhos, venceram se os muros
Perseguimos um ritmo que acabamos por perder
Somos génios mas agimos de olhos fechados
Somos livres mas sentimos o espaço da nossa prisão

As gotas caiem no meu rosto e fazem a minha mente voltar
Ao meu castelo, onde a chuva cai mas é noite, onde não há cor 
O vento por vezes não traz boas notícias, e os sorrisos são pequenos
As vontades cinzentas e os corações moribundos

Será minha vontade suficiente para colorir tudo que meus olhos vêem
Serão meus braços porto seguro de um quebra-gelo
Serão meus ouvidos capazes de não ouvir a saudade
Pois as minhas palavras são meu sentido, são parte de mim


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