terça-feira, 15 de novembro de 2011

Castelo de Areia Reny Carvalho & Hace una larga Angustia que no estamos juntos.


Castelo de Areia
                            Reny Carvalho
 
Saudade poente...  flagelo de areia
O sol desvairado braseava e fustigava;
E ainda assim encantava meus olhos...
E ainda assim pude navegar meus sonhos! 
 A fantasia - disfarce da rubra face;
 Poderia pintá-la de cinza, ou talvez... Azul.
Sim! Lágrimas azuis - misturavam-se ao mar...
E teceria um cinza azulado... 
Ecos de uma paixão talvez.
Ah! Esse brilho é tão forte!
 – Os raios às vezes me cega por instantes.  
 O vento levou também o sorriso...
Desfez meu castelo de areia... 
 E de sonhos...
  Meu grito perdeu-se na angústia do tempo
Nos olhos brilhantes... Inundados pelo mar...
Confissão que desenha a ansiedade dos sonhos
Transição - sorrir e chorar ao mesmo tempo...
 Redesehnei meu castelo - agora em pedra Rubi!

Onde te fiz rei e me fizeste rainha na força motriz,
E, na embriaguez desse tormento salpicado, 
Deixo marcas na areia branca no oceano indomado 
 Amo uma essência medieval ...
Triste sina – amar um sonho inquieto!
 Teci sonhos perfeitos...
Abre-se uma fenda para que insira no peito
O enlace preso e destemido no pulsar do coração
Unindo  prisão e liberdade em laço feito!

                Hace una larga Angustia que no estamos juntos.

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